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O especismo nosso de cada dia

Em nosso dia a dia estamos habituados a realizar várias ações que, direta ou indiretamente, exploram outras espécies animais. Hábitos como o uso de energia de usinas hidrelétricas que mataram milhões de animais ou o consumo de vegetais que indiretamente causou a morte de vários pequenos animais em sua produção. Tanto o nosso sistema político, econômico e cultural quanto a própria natureza faz com que prejudiquemos outros animais de alguma forma.

O fato de toda essa exploração estar enraizada faz com que não tenhamos culpa por tanta dor e sofrimento? Não. Nós enquanto espécie que mais desenvolveu o raciocínio temos mais peso de responsabilidade do que qualquer outra espécie. Quando nos descrevemos como seres racionais, nos colocamos no topo de tudo e de todos. Porém quando alguém questiona sobe consumo de animais, todas as pessoas se rebaixam ao nível de "irracional" como justificativa para não mudar seus próprios hábitos. "Leões comem zebras, por isto não tem nada demais em eu comer carne", essa é uma frase muito comum dita por quem tem aversão à ideia de veganismo.

Mas se mesmo os veganos ainda estão ligados indiretamente à práticas de exploração animal, porque considerar o veganismo? Ao contrário do que se propaga veganos não pregam a ideia de puritanismo ou de nos inocentar individualmente sobre a exploração animal. Não se trata de "pare de comer animais, você é um assassino", mas sim de "lutamos para que nos tornemos independentes de tanta exploração animal, mas pra isso precisamos da sua ajuda". Nós é que podemos tomar consciência de tudo o que nós mesmos causamos.

Independente de como as pessoas façam uso do vegetarianismo para outros fins (por saúde, religião, ambientalismo etc), veganismo é um movimento social que luta contra o especismo, ou seja, contra a justificativa de superioridade de uma espécie animal para explorar as outras. Portanto veganismo é uma luta por estas outras espécies.

Luiz Paulo Sacoman Almeida

Luiz Paulo Sacoman Almeida

Vegano desde 2009 e ativista desde 2012. Formado em Geografia pela UEM e atua como professor, porém já trabalhou vendendo marmitas veganas em Maringá.

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