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Maringá é a melhor cidade para os veganos viverem?

Muitos já devem ter visto a notícia de que Maringá voltou a ser eleita a melhor cidade para se viver no Brasil. O ranking tem critérios determinados pela consultoria Macroplan, e a nossa cidade já havia ficado no topo outras duas vezes. Porém sabemos que a nossa cidade não é perfeita. Vivemos em uma região extremamente elitizada e privilegiada, que ignora muitos problemas sociais que o índice não leva em consideração. Fora o fato de que a nossa elite vem principalmente do meio agropecuário com forte influência política, cultural e econômica.

Em se tratando de veganismo Maringá tem melhorado muito a oferta de produtos, de opções em estabelecimentos e o melhor: pequenos produtores. Contamos com centenas de opções desde alimentos até cosméticos veganos sendo produzidos e comercializados aqui. Além disso Maringá conta com mais de 50 feiras livres e quase 40 hortas comunitárias trazendo comida barata e de qualidade aos bairros periféricos. Devemos muito também ao Vaca Louca Café Vegano o papel importantíssimo de local de ativismo vegano e de inclusão, ajudando a propagar o movimento há cerca de 10 anos. Então consideramos nossa cidade uma das melhores, senão a melhor, entre as cidades médias do país com opções veganas que muitas capitais não tem.

Contudo não queremos, nem devemos, propagar o veganismo apenas em meios privilegiados e sim valorizar quem produz, quem faz da profissão de vender rangos também um ativismo de base. Precisamos tornar o veganismo acessível para todos e não números para a elite se orgulhar e o pobre sofrer. Afinal se sonhamos com um mundo sem sofrimento animal, não devemos excluir ninguém do nosso círculo de desconstrução do especismo.

Luiz Paulo Sacoman Almeida

Luiz Paulo Sacoman Almeida

Vegano desde 2009 e ativista desde 2012. Formado em Geografia pela UEM e atua como professor, porém já trabalhou vendendo marmitas veganas em Maringá.

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